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    O caso do ET de Varginha

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    Maykon


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    O caso do ET de Varginha Empty O caso do ET de Varginha

    Mensagem  Maykon Sáb Nov 29, 2008 4:10 pm

    O caso do ET de Varginha

    PARTE 1

    O extraordinário relato de um contato alienígena mobiliza ufólogos e envolve o Exército numa acusação de sequestro



    Caiu do céu o mais recente filão econômico da cidade de Varginha, em Minas Gerais. Conhecido exportador de café, o município ganhou súbita fama nacional graças a um produto que nada tem a ver com terra. Nesta segunda-feira 20, seus habitantes comemoram quatro meses do mais extraordinário relato de um contato imediato de terceiro grau entre humanos e um ser extraterrestre já feito no País. Às 15h30 de um ensolarado sábado, 20 de janeiro, três garotas desciam a trilha de um terreno baldio do bairro Jardim Andere, a dois quilômetros do centro da cidade, quando uma delas, Liliane Fátima Silva, 16 anos, olhou à sua esquerda e gritou. Uma criatura estranha, com três protuberâncias na cabeça e pele viscosa estava a cerca de sete metros de distância, próxima ao muro que divide o terreno com uma oficina mecânica. "Estava agachada, com os braços compridos no meio das pernas", lembra a garota."Vi primeiro os olhos, enormes e vermelhos." Com medo, Liliane virou de costas, enquanto sua irmã Valquíria, 14 anos, e a amiga Kátia Andrade Xavier, 22 anos, continuaram a observar. "Não era bicho nem gente, era uma coisa horrível", afirma Kátia, que trabalha como empregada doméstica e tem três filhos. "Ele parecia abobado, não fez nenhum barulho", completa Valquíria. A criatura, no entanto, esboçou um leve movimento com a cabeça e as três garotas saíram correndo. Quarenta minutos depois, a mãe de Liliane e Valquíria, Luiza Helena Silva, 38 anos, chegou ao terreno baldio para averiguar o que tanto assustara suas filhas. Nada encontrou. A história ganhou proporções porque, aparentemente sem nenhum tipo de comunicação com Liliane, Valquíria e Kátia, o casal de trabalhadores rurais Oralina Augusta e Eurico Rodrigues afirmou ter visto, na madrugada do dia 20, um Objeto Voador Não-Identificado. Eles dormiam na casa da fazenda de 150 alqueires que fica à beira da estrada que liga Varginha a Três Corações quando foram despertados pelo barulho dos animais. "O gado corria de um lado para o outro no pasto diante da nossa janela", conta Eurico. "Olhamos para o céu e vimos um objeto cinza, com formato similar ao de um submarino, do tamanho de um microônibus, sobrevoando o pasto lentamente, a cinco metros do solo", descreve Oralina. "Ele soltava uma fumaça esbranquiçada, não tinha luzes nem fazia barulho." Na cidade, a associação entre a nave e o ET que apareceu 14 horas mais tarde foi imediata.

    Advogado e professor de direito em uma das quatro faculdades da cidade, Ubirajara Franco Rodrigues, 40 anos, começou a investigar o caso no dia seguinte. Ufologista há mais de duas décadas, estima que apenas 1% das descrições de avistamentos de naves espaciais é verídica. Para ele, o caso de Varginha é a exceção que confirma a regra. "O que elas viram era, de fato, uma criatura desconhecida na Terra", afirmou Rodrigues. Ele concluiu, ainda, que pelo menos duas entidades biológicas extraterrestres, o nome pelo qual os ufólogos designam os ETs, estiveram na cidade no dia 20 de janeiro.

    Desde então, uma legião de estudiosos do fenômeno aportou em Varginha. Mais precisamente, 66 ufólogos já passaram pela cidade para realizar investigações. "É um caso sem precedentes em nossos registros", diz o engenheiro Claudeir Covo, presidente do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (Infa). O professor de psiquiatria da Harvard Medical School, John Mack, que pesquisa encontros humanos com alienígenas, deslocou-se dos Estados Unidos para fazer uma série de entrevistas com as mulheres. O fenômeno acabou extrapolando o círculo de estudiosos do tema. Apenas o Fantástico, da Rede Globo, dedicou-lhe três reportagens. Na pele do ator Reinaldo, o ET chegou ao programa Casseta & Planeta na terça-feira 14. Ao assistir a si próprio na Globo, o prefeito Aloysio Ribeiro da Silva (PPB) estava feliz da vida. "O ET deu uma tremenda publicidade para Varginha", vibrou. "Estou disposto a patrocinar um encontro internacional de ufologia."

    Antes de organizar um evento deste porte, os ufólogos pretendem concluir uma investigação que já leva quatro meses e aponta o Exército como responsável pela captura e ocultação de pelo menos um dos dois ETs que teriam aparecido em Varginha. Em documento assinado por dez entidades, eles apontam "uma verdadeira e complexa operação envolvendo autoridades militares e profissionais civis, que resultou na captura de criaturas não classificadas biologicamente, as quais foram mantidas sob observação médica e posteriormente retiradas da cidade". Além do advogado Rodrigues, coordena a investigação o ufólogo Vitório Pacaccini, 31 anos, que mora em Belo Horizonte e deslocou-se para a região nas últimas semanas. Ambos juram que já ouviram 14 testemunhas das aparições do ET, entre elas quatro militares. Mas se recusam a revelar qualquer nome ou prova, além da foto de uma suposta entrevista com um dos militares que teriam participado da operação. Os ufólogos sustentam que uma criatura teria sido capturada por quatro homens do Corpo de Bombeiros de Varginha às 10h30 do dia 20 de janeiro, nas imediações de um bosque, a apenas três quarteirões do terreno baldio no qual as garotas teriam visto um alienígena cinco horas depois. Colocado numa caixa de madeira coberta por um pano branco, o ET, afirmam os ufólogos, foi imediatamente levado por um caminhão militar para a Escola de Sargento das Armas (ESA), na cidade de Três Corações, a 25 quilômetros de Varginha.

    No dia seguinte, ainda segundo os ufólogos, outra criatura teria sido vista no Hospital Regional, no centro de Varginha - e aí sim seria o ET observado de perto pelas três amigas. Numa operação que envolveria militares da ESA, oficiais da PM e homens do Corpo de Bombeiros de Varginha, o ET, na versão de Rodrigues e Pacaccini, teria sido transportado na madrugada da segunda-feira 22 para o Hospital Humanitas, a 1,5 quilômetro do centro, o mais equipado da região. Por volta das 18 horas do mesmo dia, a criatura, já sem vida, teria sido levada para a ESA, num comboio formado por três caminhões de transporte de tropa. O mesmo comboio sairia da escola militar de Três Corações às 4 horas da terça-feira 23 de janeiro em direção a Campinas, onde a carga teria sido entregue a outra unidade militar, possivelmente a Escola Preparatória de Cadetes."Toda a operação foi comandada pelo tenente-coronel Olímpio Wanderley Santos", denuncia Rodrigues. "Temos o depoimento de um militar da ESA, diretamente envolvido na operação, descrevendo as manobras", assegura Pacaccini. Na gravação, de 42 minutos, o militar conta inclusive que, ao deixar o Hospital Humanitas, o corpo cheirava muito mal.

    O Exército nega a história. O porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Luiz Cesário da Silveira Leite, diz que nenhum militar da corporação capturou ET algum. "Nossas preocupações são com os alienígenas nacionais e estrangeiros, mas terrestres, e não com os extraterrestres que, espero, estejam em paz", disse ele ao repórter Hélio Contreiras, de ISTOÉ. O coronel classificou de "exageradas as informações que fazem relação entre o ET de Varginha e o Exército". "As afirmações dos ufologistas são tão absurdas que chegam a ser ridículas", emenda o general Sérgio Pedro Coelho Lima, comandante da ESA. Em seu gabinete, o general guarda uma pasta amarela intitulada Caso Extraterrestre cuja capa reproduz o sistema solar. Dentro dela estão arquivadas todas as publicações feitas sobre o assunto. Apontado como o comandante da operação de sequestro e transporte do ET de Varginha para Campinas, o tenente-coronel Olímpio Wanderley Santos conta que soube do envolvimento de seu nome no caso através de telefonemas. "Na hora, achei que era trote." Nas Forças Armadas, é a Aeronáutica quem mais se preocupa com o fenômeno dos extraterrestres. O I Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), localizado em Brasília, tem um dossiê sobre Ovnis (Objetos Voadores Não-Identificados). "Existem até hoje casos não explicados pela Aeronáutica em relação a Ovnis", afirmou o brigadeiro Cherubim Rosa Filho, ministro do Superior Tribunal Militar. Um desses casos mais famosos envolveu um ex-ministro, teve o aval do então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Moreira Lima, e está completando dez anos sem que a investigação tenha chegado a nenhuma conclusão.

    O problema do ET de Varginha é que um episódio mal-esclarecido e uma coincidência de fatos só agora revelada aumentam ainda mais o mistério que move o caso. A empregada doméstica Luiza Helena, mãe de duas das três garotas que teriam visto o alienígena, denunciou que no começo deste mês quatro homens de terno a procuraram em casa e propuseram pagar para que suas filhas negassem publicamente o contato com o ET. "Eles falaram que pagariam em dinheiro vivo", diz Luiza Helena. "Ficaram de voltar, mas não temos como esconder a verdade." O quarteto não se identificou e a visita foi presenciada apenas pelas meninas. O pai delas, o cobrador de ônibus João Lopes da Silva, estava trabalhando quando a tentativa de suborno teria sido feita. A coincidência entre a versão dos ufólogos e os fatos só se tornou pública na última semana. O administrador do Hospital Regional, Adilson Usier Leite, revela que na semana seguinte ao suposto aparecimento do ET, os dois hospitais da cidade foram palco de movimentações excepcionais. No Regional, um carro do Corpo de Bombeiros levou um corpo exumado para a realização de um raio x da coluna. Tratava-se de um estudante de engenharia, filho de uma família tradicional da cidade, que fora encontrado morto numa cela da Polícia Civil, pouco depois de ser preso, acusado de roubo. No Hospital Humanitas, que Leite também administrava na ocasião, a movimentação excepcional ficou por conta da chegada dos equipamentos para a realização do primeiro transplante de coração na cidade. "Quando surgiu esta história do ET achei melhor não comentar que policiais e bombeiros estiveram no Regional", afirma Leite. Nada disso, porém, convence os ufólogos. Eles insistem que falam a verdade quando dizem que, em lugar de novos equipamentos ou um caso especial, tanto os hospitais da cidade quanto o Corpo de Bombeiros agiam, sim, em torno do cadáver de um ET. E vão adiante: na última terça-feira, Rodrigues e Pacaccini retornaram a Varginha após uma viagem investigativa a Campinas."Sabemos com certeza absoluta que a criatura foi necropsiada por Badan Palhares", afirma Rodrigues, referindo-se ao conhecido legista da Universidade de Campinas (Unicamp). "Nesta altura dos acontecimentos, existe até a possibilidade de a criatura já ter sido levada do Brasil para os Estados Unidos", completa Pacaccini. "Não sei de onde tiraram essa imaginosa idéia", rebateu Palhares em Campinas. "Efetivamente desconheço qualquer tipo de material alienígena que tenha vindo para o IML ou para a Unicamp." as manobras"


    Última edição por Maykon em Sáb Nov 29, 2008 4:13 pm, editado 1 vez(es)
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    Mensagem  Maykon Sáb Nov 29, 2008 4:12 pm

    PARTE 2


    Visões em série

    Na esteira do ET de Varginha, relatos de avistamentos de naves espaciais e seres extraterrestres começam a fazer parte do cotidiano da região. Na noite da segunda-feira 13, pelo menos três pessoas asseguraram ter observado a trajetória de um Ovni na Vila Militar de Três Corações, a apenas dois quilômetros da Escola de Sargento das Armas (ESA). "Dava para ver nitidamente a cúpula da nave, com uma base retangular, repleta de pontos de luz, movimentando-se como se delimitasse um triângulo no céu", conta Luís Fernando Toledo, 30 anos, auxiliar de secretaria da Faculdade de Ciências, Letras e Artes.

    Antes de desaparecer, o objeto teria passeado pelo céu por mais de uma hora, tempo suficiente para que o fotógrafo Afrânio da Costa Brasil, 31 anos, pegasse seu equipamento e registrasse a inusitada imagem. Ele, porém, preferiu ficar olhando para o espaço. E nada fotografou. Dois dias depois, junto com a filha, Emeline, 9 anos, teve que contentar-se em desenhar, a pedido de ISTOÉ, a imagem que os três viram. "Não se esqueça das luzes laranja embaixo da parte redonda", disse-lhe a garota. "Eram como janelas de ônibus, uma depois da outra."

    A tranquilidade de Emeline diante do suposto Ovni está a anos-luz de distância das emoções que um contato imediato de terceiro grau provocou na dona de casa Teresinha Galo Clepf, 67 anos. Na noite de 21 de abril, ela saiu para fumar na varanda de um restaurante, no Jardim Zoológico de Varginha, onde estava sendo comemorado um aniversário. Ela garante ter visto atrás da mureta da varanda a cabeça de uma criatura idêntica à descrita três meses antes pelas garotas da cidade. "Fiquei pregada no chão, não conseguia desviar meu olhar daqueles olhos horríveis, esbugalhados e vermelhos", conta. "É a coisa mais feia que já vi na vida."


    Marketing garantido


    Em toda a polêmica despertada pelo ET de Varginha há pelo menos uma certeza. A cidade mineira de 120 mil habitantes entrou no mapa ufológico do País. "Não fosse a aparição do extraterrestre, ninguém estaria falando de Varginha", avalia o publicitário Agnello Pacheco. "O prefeito está fazendo publicidade sem custos." Na cidade, o ET é assunto obrigatório. O comércio local não perdeu tempo e atrai a clientela com figuras estilizadas do extraterrestre. Na Papelaria Macácri, no centro de Varginha, um ET montado com isopor, papel de seda e recheado de jornal velho decora a vitrine e chama a atenção dos consumidores. "Em 24 anos de comércio, neste mesmo ponto, esta é a vitrine que mais atrai as pessoas", comemora o comerciante José Maria da Silva, dono da papelaria. Ele diz, porém, que suas vendas não aumentaram. "As pessoas querem apenas olhar o ET." O criador do boneco foi seu sobrinho, Alan Tempesta, 17 anos, que não acredita em ETs. "Apenas aproveitei a idéia", diz Tempesta. "Agora só falta o prefeito de Los Angeles promover sua cidade a partir do doce de leite e do queijo mineiro", diz o publicitário Washington Olivetto.


    Um mistério de dez anos


    As autoridades militares do Brasil, ao menos publicamente, não costumam dedicar espaço em suas agendas para tratar de fenômenos ufológicos. Há exatos dez anos, porém, a Aeronáutica chegou a deslocar três caças F-5 e três Mirage III para sair em perseguição a supostos Ovnis (Objetos Voadores Não-Identificados). A operação que mobilizou o sistema de defesa aérea do País foi desencadeada pelo coronel Ozires Silva. Em 19 de maio de 1986, logo depois de ser nomeado presidente da Petrobrás, o coronel voltava de Brasília a bordo de um avião Xingu e ao se aproximar da Base Aérea de São José dos Campos (SP) avistou alguns discos luminosos - também registrados pelos radares do avião. O próprio Ozires resolveu iniciar uma perseguição às tais luzes, enquanto acionava pelo rádio o Centro Integrado de Defesa Aérea. Depois de três horas, as luzes sumiram do mesmo modo que apareceram, misteriosamente.

    Na época, o então ministro da Aeronáutica, Octávio Moreira Lima, assegurou que os Ovnis "eram pelo menos 20." O coronel-aviador Ney Antunes Cerqueira, então chefe do Centro de Operações de Defesa Aérea, garantia, contudo, que apenas três Ovnis foram registrados. Para esclarecer o episódio, o brigadeiro Moreira Lima prometeu um relatório oficial sobre as investigações da Aeronáutica em 30 dias. Até hoje os resultados dessa investigação são guardados a sete chaves e poucos querem falar do assunto. "Não me lembro de coisas de dez anos atrás", esquiva-se o coronel Cerqueira, hoje chefe do Serviço de Proteção ao Vôo, em São Paulo. Outros, com melhor memória, evitam comentar o resultado da investigação. "Foi uma ocorrência excepcional, mas não chegamos à nenhuma explicação", sustenta o brigadeiro Moreira Lima. Procurado por ISTOÉ, em São José dos Campos, onde mora, e em São Paulo, onde trabalha, o ex-ministro Ozires Silva não atendeu à reportagem. Apesar do silêncio oficial, os ufólogos não pretendem arquivar esse caso definitivamente. O episódio será tema de um livro, já em fase final, do presidente do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (Infa), Claudeir Covo. "Os cidadãos têm o direito de conhecer esse caso. Conto com a liberação do relatório da Aeronáutica para terminar o livro", reivindica o ufólogo.

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